A história de Maria da Luz, mais tarde conhecida como Irmã Adélia, é um relato de fé, devoção e serviço incansável ao próximo. Nascida em 16 de dezembro de 1922, em uma família profundamente religiosa, Maria da Luz cresceu em um ambiente onde a fé católica era cultivada com dedicação. Desde a infância, demonstrou um espírito fervoroso, recebendo os sacramentos na Igreja Nossa Senhora das Montanhas, em Cimbres, e participando ativamente da vida religiosa de sua comunidade.
Aos 13 anos, em 6 de agosto de 1936, Maria da Luz e sua companheira Maria da Conceição tiveram a primeira de 39 aparições da Virgem Maria. Esse acontecimento marcaria profundamente sua vida e sua trajetória espiritual. Alguns anos depois, em 1940, ingressou na Congregação das Religiosas da Instrução Cristã, no Recife, onde recebeu o nome de Irmã Adélia, um nome que refletia sua nobreza de espírito e sua firmeza na fé.
Ao longo de sua vida religiosa, Irmã Adélia dedicou-se aos mais necessitados. Atuou em várias comunidades, cuidando dos pobres, doentes e encarcerados, e evangelizando famílias e comunidades carentes. Seu trabalho incansável foi acompanhado de uma profunda vida de oração e dedicação às tarefas comunitárias, sempre em sintonia com os valores da Congregação que a acolheu.
Em 1984, Irmã Adélia foi diagnosticada com câncer, mas, em 1985, após uma peregrinação ao Sítio Guarda, recebeu a cura milagrosa durante um momento de oração no local das aparições. A partir de então, dedicou-se ainda mais à sua missão, criando uma creche, escola e serviço de assistência social para os menos favorecidos.
Irmã Adélia faleceu em 13 de outubro de 2013, em Recife, deixando um legado de santidade, caridade e devoção. Sua vida continua a inspirar todos aqueles que buscam servir a Deus através do serviço ao próximo.
Sacramentos:
06 de agosto de 1936: Maria da Luz, junto com Maria da Conceição, teve uma visão da Virgem Maria. A partir dessa data, ocorreram mais 39 aparições.
Até 1940: Maria da Luz recebeu a Fita de Filha de Maria e a do Sagrado Coração de Jesus. Durante esse tempo, atuou como catequista, preparando dezenas de crianças para a Primeira Eucaristia.
12 de junho de 1940: Foi apresentada pela Sra. Basinha Galindo e ingressou no Postulado da Congregação das Religiosas da Instrução Cristã no Recife. Sua mãe, D. Auta, e a Sra. Bazinha a acompanharam nesse momento especial.
14 de janeiro de 1941: Iniciou o Santo Ano do Noviciado.
14 de janeiro de 1943: Fez seus votos temporários e adotou o nome religioso de Irmã Adélia, que significa “nobre”. Esse nome refletia perfeitamente sua alma, sendo nobre de fé e firme em suas decisões, o que a engrandeceu na Congregação.
14 de janeiro de 1946: Professa seus votos perpétuos.
rmã Adélia passou por várias casas da Congregação, onde dedicou-se aos pobres, presidiários, doentes em hospitais e comunidades carentes. Evangelizava, fundava Cenáculos e participava das orações e trabalhos comunitários.
Comunidades onde trabalhou:
Comunidades carentes, sempre em companhia da Irmã Viviane Guimarães:
4 de setembro de 1984: Foi diagnosticada com câncer de mama, que havia metastizado para o fígado. Iniciou um doloroso tratamento de quimioterapia.
05 de fevereiro de 1985: Muito debilitada pela doença, revelou à sua comunidade religiosa a história das aparições de Nossa Senhora em 1936. Algumas freiras ainda desconheciam esse fato.
09 de março de 1985: Em peregrinação ao Sítio Guarda com toda a Congregação, Irmã Adélia caminhou cerca de dois quilômetros até o monte das aparições. Lá, Nossa Senhora lhe deu a missão de rezar pelos sacerdotes, cuidar dos pobres e divulgar o Evangelho (João 19, 26-27).
Cura do Câncer: Após retornar da peregrinação, Irmã Adélia interrompeu o tratamento de quimioterapia, afirmando ter sido curada por Nossa Senhora. Pediu que, se fosse para continuar sua missão, recebesse a cura, e assim foi.
1986: Irmã Adélia retomou suas atividades e participou da comemoração dos 50 anos das aparições de Nossa Senhora. Nesse ano, também fundou uma creche, escola e assistência social na Vila Santa Luzia, no bairro da Torre.
Beatificação da Irmã Adélia, um marco significativo para a Igreja e para todos aqueles que foram tocados por sua vida de fé e serviço. Nascida Adélia Maria de Jesus, essa humilde serva dedicou sua vida à caridade, à oração e ao cuidado dos mais necessitados, sempre com um coração generoso e um profundo amor a Deus.
A Irmã Adélia foi uma mulher de fé inabalável e de virtudes extraordinárias. Seu exemplo de vida, marcado pela humildade, abnegação e serviço aos mais vulneráveis, inspirou e continua a inspirar gerações de fiéis em todo o mundo. Ela viveu plenamente o Evangelho, dedicando-se ao serviço aos pobres, doentes e marginalizados, sempre com um olhar compassivo e uma palavra de esperança.
A Beatificação é o reconhecimento oficial da Igreja de que a Irmã Adélia viveu uma vida de santidade exemplar, sendo digna de veneração e intercessão. Este momento representa não só a coroação de sua jornada espiritual, mas também uma fonte de inspiração para que todos sigamos seus passos, na busca por uma vida de fé e amor ao próximo.
A celebração de sua Beatificação convida-nos a refletir sobre o legado deixado por essa mulher tão especial, que, com sua simplicidade e entrega, demonstrou o poder do amor de Deus. Que a sua vida continue a iluminar nosso caminho e que, por sua intercessão, possamos alcançar as graças que tanto necessitamos.
Que a Beatificação da Irmã Adélia renove em nós a esperança e nos inspire a viver uma fé viva e operante, seguindo o exemplo de Cristo que ela tão ardorosamente seguiu.
No dia 02 de outubro de 2021, o Bispo da Diocese de Pesqueira, Dom José Luiz Ferreira Sales assinou o texto da segunda Carta Pastoral a Diocese de Pesqueira e as presumíveis aparições de Nossa Senhora para a Irmã Adélia no Sítio Guarda em Cimbres, no ano de 1936.
Comissões de peritos foram nomeados pelo Bispo Diocesano para aprofundamento dos eventos acontecidos no Sítio Guarda, hoje Aldeia Guarda e da vida Pastoral da Irmã Adélia.
– Postulador da Causa: Frei Jociel Gomes, OFMcap
– Comissão Teológica
– Comissão Histórica, presidida pelo Prof. Carlos de Moura
10/03/2024 – Foi aberto solene e oficialmente o Processo, depois do “Nihil Obstat” concedido pelo Dicastério das Causas dos Santos no Vaticano, declarando a Irmã Adélia como SERVA DE DEUS e abrindo oficialmente a Fase Diocesana.
PRÓXIMO DIA 13/10/2024 será concluída a parte diocesana e enviada para o Vaticano avaliar e caso o aprove, o Processo seguirá para a próxima etapa com a apresentação de um milagre conseguido por intercessão da Irmã Adélia e assim ela seja então declarada Beata.
Três etapas exigidas:
– Serva de Deus, confirmação das Virtudes Heróicas do candidato, já conseguida pela Irmã Adélia.
– Beatificação
– Canonização
DOM ADELMO CAVALCANTI MACHADO terceiro Bispo da Diocese de Pesqueira, compôs a seguinte jaculatória: ”
NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS, DÁ-NOS A GRAÇA DE VER JESUS”
O Processo de Beatificação e Canonização da Irmã Adélia não se baseia somente no fato dela ter visto Nossa Senhora, mas sobretudo na sua missão evangelizadora e Pastoral junto aos menos favorecidos.
13/10/2023 o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson no término da celebração da Missa pelos 10 anos de falecimento da Irmã Adélia, certamente inspirado pelo Divino Espírito Santo, também compôs a seguinte jaculatória hoje já muito rezada: “Irmã Adélia, Maria da Luz, reconhecei-a santa, Senhor Jesus.”
Pai de amor e de bondade, quisestes que vossa filha
Irmã Adélia respondesse com generosidade ao vosso chamado, como seguidora do vosso Filho, por meio de uma vida orante, humilde, obediente e doada à causa dos preferidos do Reino. Inspirada em Maria, Mãe da Divina Graça, anunciou a boa notícia de Jesus para a conversão dos pecadores. Suplicamo-vos, que se for da vossa vontade e para o nosso bem, dignai-vos glorificá-la, diante da Igreja, concedendo-lhe a glória dos altares. E, por sua intercessão, nos obtenha a graça que confiantes vos pedimos (pede-se a graça). Por Cristo, nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo.
Amém!
Pai Nosso… Ave-Maria… Glória ao Pai…
Bispo da Diocese de Pesqueira
Obs: Esta oração é para uso pessoal e particular. Em nada se pretende antecipar à autoridade da igreja, à qual, unicamente, compete pronunciar-se sobre a santidade de irmã Adélia
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