História do Santuário

No dia 06 de agosto 1936 a Virgem Maria apareceu para duas meninas, Maria da Conceição e Maria da Luz que depois entrou para o Convento e tornou-se Irmã Adélia, hoje já declarada SERVA DE DEUS pelo Vaticano. Naquela época a notícia logo se espalhou e já no dia seguinte muitas pessoas começaram a chegar em romaria no Sítio Guarda (hoje Aldeia Guarda), situado no Distrito de Cimbres – Pesqueira – PE para subir o monte onde a Virgem Maria apareceu para rezar e pedir-lhe graças e favores. Diante disto já se configurava que ali seria um local de peregrinações.

A subida era difícil e as pessoas iam segurando- se na vegetação comum da região, seca e espinhosa. Quanto maior era a proibição das meninas falarem no assunto, mais a boa notícia chegava nas terras mais distantes do Brasil e do exterior e muitas graças eram alcançadas. No dia 31 de agosto de 1936 havia mais de 5.000 romeriros atendendo o pedido de Nossa Nossa para fazerem uma festa em sua homenagem, pois os pedidos feitos por Ela, de oração e penitência tinham sido atendidos por seu filhos.

Com fogos, bandeirolas, oração, penitência e muita alegria os peregrinos foram festejar Nossa Senhora das Graças, título este que Ela pediu para se invocada ali. Até hoje esta data é festejada na Aldeia Gurda, na Capela e no monte da apariçoes com muita oração, penitência, Missas, Vigílias, Adoração ao Santíssimo e a reza do Terço configurando ser um local santificado pela presença de Jesus e da sua Mãe. Também é entregue a Bandeira aos Padrinhos que cuidarão da festa do ano seguinte. Como sinal da sua presença deixou cravadas na pedra as suas pegadas e as do Menino Jesus, que podem ser vistas até hoje. Também como prova pedida pelas meninas, Ela fez jorrar água da pedra “para curar as doenças das pessoas que tiverem fe”.

O Sr. Arthur Teixeira de Carvalho, pai de Maria da Luz construiu uma Capelinha no local escolhido por Maria da Luz e onde pode-se avistar o monte das aparições. Em 1942 foi entronizada na Capela a imagem de Nossa Senhora das Graças, doada pela senhora Odete Berardo. Aos poucos  foram cavados alguns degraus no monte para facilitar a subida até lá em cima.

Com o passar do tempo, no ano de 1985, depois da cura de câncer da já Irmã Adélia, as peregrinações começaram a chegar de todas as partes e com centenas de pessoas. A primeira veio de Fortaleza   – CE, trazida pelo Frei Marcos Queiroz Câmara,  Melhorias foram sendo feitas para acolher melhor os romeiros. Perto da Capela foram construidos dois grandes muros de arrimo e algumas casinhas para abrigar peregrinos que quisessem dormir lá . 

Uma família de São Paulo doou a imagem de Nossa Senhora das Graças toda pintada de branco para ser colocada no local das aparições. Com muito esforço ela foi levada monte acima por algumas pessoas num carro de mão de construção e á frente iam a Irmã Adélia e Irmã Viviane rezando. A imagem era muito pesada, mas subiu abrindo caminho no meio do mato com muita facilidade.  Esta imagem encontra- se até hoje lá para veneração dos fiéis.

Ione Paiva e Jamile Alves, passaram a levar em peregrinação todos os meses muitos ônibus com pessoas, Padres, Freiras e Bispos para rezarem e fazerem penitência. Neste tempo era muito difícil chegar carro até o Sítio. Os ônibus e carros paravam no Cajueiro e andava-se dois quilômetros á pé até lá. Muotas outras caravanas chegavam também vindas de várias partes de Pernambuco e do Brasil.

Todos os anos no dia 31 de agosto o Santuário se vestia de festa! Foi construída também por uma família devota da Virgem Maria a escadaria com 365 degaus e mais tarde foi colocado o corrimão.

Dom Manoel Palmeira da Rocha, então Bispo da Diocese de Pesqueira, no dia 20 de outubro de 1998 decretou que ali seria o SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DAS GRACAS.
Irmã Adélia alertava os peregrinos que prestassem atenção aos sinais da presença de Nossa Senhorai: chuva fininha que não chegava a molhar as pessoas, o sol forte, o vento que sopra suave…

O Santuário de Nossa Senhora das Graças foi construido ao longo dos anos pela fé e devoção dos que vão ali agradecer, pedir e receber as graças que são concedidas pelas suas mãos maternas. Ainda estão lá as casinhas que o Sr. Arthur e D. Auta Teixeira de Carvalho moraram com a família e que a Irmã Adélia nasceu.

Alguns Sacerdotes passaram por lá como Administradores. Hoje o Padre Luiz Benevaldo aceitou a grande missão de cuidar daquele santo lugar. “Onde Nossa Senhora pisou seus pés, devemos nós dobrar o coração” (Pe. José de Andrade).

Santuários são lugares essencialmente de peregrinação e mananciais de graças e fé onde Deus se manifesta através de Maria Santíssima: ” Para quem tem fé, as provas e argumentos são desnecessários, mas quem não as tem as evidências são impossíveis” (Alex Carrel).